Atividade física associada
com proteção à doença de
Parkinson - |
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Fonte: Neurology, 22/02/2005 |
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Na primeira investigação abrangente sobre a
atividade física vigorosa e o risco de desenvolvimento
da doença de Parkinson, pesquisadores da Harvard School
of Public Health (HSPH) descobriram que homens que se
exercitaram de forma regular e vigorosa no início da
idade adulta, tiveram menor risco de desenvolver a doença
quando comparados aos homens que não se exercitaram.
A doença de Parkinson é uma doença
nervosa progressiva que ocorre geralmente após os 50
anos. Ela destrói as células cerebrais que
produzem a dopamina e é caracterizada por tremores
musculares, lentidão dos movimentos, rigidez e
instabilidade postural. Homens que eram mais ativos
fisicamente no início do estudo reduziram o seu risco
de desenvolver a doença de Parkinson em 50% comparados
aos participantes que eram os menos ativos. Os autores também
descobriram que os homens que relataram praticar atividades físicas
vigorosas no início da idade adulta reduziram os seus
riscos em 60% quando comparados com aqueles que não
fizeram o mesmo.
Entre as mulheres do estudo, atividade vigorosa no início
da idade adulta também foi associada com um menor risco
para a doença de Parkinson, mas essa relação
não foi estatisticamente significativa e não
houve uma relação clara entre atividade física
num período mais tarde da vida e o risco para a doença
de Parkinson.
Para examinar a relação entre atividade física
e a doença de Parkinson, foram incluídos mais de
48.000 homens e 77.000 mulheres sem a doença de
Parkinson, câncer e derrame. Os participantes
responderam a questionários sobre doenças,
estilo de vida, atividade física, lazer, começando
em 1986 e atualizados a cada dois anos até 2.000. Ao
longo do estudo, foram diagnosticados 387 casos de doença
de Parkinson (252 homens e 135 mulheres) entre os
participantes do estudo.
Os questionários possuíam questões
sobre atividades tais como passear, caminhar, correr, andar de
bicicleta, nadar, jogar tênis, squash, raquete, praticar
exercícios aeróbicos e outras atividades. Além
disso, os participantes foram questionados em relação
ao número de degraus de escada que costumavam subir ao
dia (de dois a 15 degraus).
Alberto Ascherio, principal autor do estudo e professor
associado de nutrição e epidemiologia na Harvard
School of Public Health disse: "Essas descobertas
intrigantes e promissoras sugerem que a atividade física
possa contribuir para a prevenção da doença
de Parkinson. Um efeito protetor da atividade física
foi descoberta recentemente em modelo animal para a doença
de Parkinson - essa convergência de dados epidemiológicos
e experimentais é o que buscávamos, pois
resultados consistentes com maior probabilidade refletem os
mecanismos biológicos com importantes implicações
clínicas". Estudos futuros devem considerar a
possibilidade da atividade física retardar a progressão
da doença de Parkinson.
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